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AO FUTURO
“Pediu a vida uma poesia!
Para ser dada à terra, à natureza e aos animais.
Como uma chance última! Como uma chance única!
Como uma chance a mais! Como uma esperança a mais!
O medo não passa, a dor não cessa e o futuro é uma incógnita.
Como será uma terra sem o Verde?
Uma terra sem o azul do céu, sem a água e sem o mar?
Sem os milhões de plantas, árvores e animais.
Pediu a vida uma poesia!
A ti, a mim, a criança que passa;
Pediu em Nome de Deus a todos e para todos!
Benções para a terra, para a lua, para as estrelas e para os animais.
Envie a poesia ao seu coração, urgente!
Enquanto ainda há tempo, pois o tempo corre.
Enquanto o tempo não seja o tempo do tempo tarde demais.“
Maurício de Azevedo
Escritor e poeta
Alguns de vocês não existem ainda, mas, como os que conhecemos já são muito amados por mim e por sua mãe, vó, bivó, trivó e tataravó Malouh. Eu sou Odilon, seu pai, avô, bisavô, trisavô… tataravô. Depende de quem esteja lendo estas linhas.
Estou escrevendo do passado, do ano de 2019, do início do terceiro milênio.
E eu posso dizer daqui, que amamos vocês, mesmo sem conhecê-los, porque eu Malouh amamos nossos ascendentes e descendentes, incondicionalmente, porque sempre nos amamos muito e amamos a vida e a natureza com a mesma intensidade. E o amor é o que nos une e motiva, nos move: cola, recompensa e combustível da vida.
Por termos vivido um período de mudanças intensas e cada vez mais rápidas é que estou escrevendo para vocês.
Nascemos ambos em 1952 e hoje temos 67 anos cada um.
Somos da geração pós Segunda Guerra Mundial. A geração da Sociedade do Consumo em massa, fruto da Sociedade Industrial que vinha sendo construída desde o século anterior. Geração também da contracultura. Do início da exploração espacial e da invenção da Sociedade da Informação.
Eu quero que vocês possam conhecer um pouco a nossa vida e especialmente o pequeno trabalho que Malouh e eu tivemos a oportunidade de fazer pela natureza, quando entendemos que precisávamos fazer alguma coisa pra ajudar a conserva-la e preserva-la, para que a vida de vocês e de seus descendentes pudesse ter, ao menos em parte, a qualidade que hoje nós conseguimos ainda ter.
Mas nós temos medo de isto não ser possível, porque hoje as ameaças à vida do planeta são muito grandes. Há décadas os cientistas vêm alertando para os perigos de um aquecimento global e das consequências do aumento irrefreável da poluição ambiental.
A busca irresponsável pelo crescimento das economias têm feito com que os dirigentes de nossos governos, em sua imensa maioria, não atentem para estes avisos. No inverno deste ano, dirigentes com esta mentalidade levaram a um aumento vertiginoso do desmatamento e posterior queimada da Floresta Amazônia, criando um alerta mundial.
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É a história de como nasceu este trabalho em prol da natureza que queremos legar para vocês.
Quase primavera de 2019.
Odilon Cavalcanti